Segundo o Conselho Federal de Odontologia (CFO), entre os profissionais de saúde que estão na linha de frente contra a Covid-19, os cirurgiões-dentistas, auxiliares e técnicos em saúde bucal representam o menor índice de contaminados.
O Ministério da Saúde concedeu ao CFO o relatório nacional para acompanhamento da evolução dos casos de contaminados entre os profissionais da Odontologia. No total de 1.603.055 pessoas contaminadas pelo vírus no Brasil, 2.737 são Cirurgiões-Dentistas, o que representa 0,17%. No caso de profissionais Auxiliares e Técnicos em Saúde Bucal o número é ainda menor, 1.852 casos, ou seja, 0,12% dos contaminados. Além disso, dos 169 óbitos de profissionais de saúde, 5 são de cirurgiões-dentistas.
Em acordo com o CFO, o Ministério da Saúde regulamentou, em março, o atendimento odontológico no Sistema Único de Saúde (SUS) de atividades de urgência e emergência. Com os avanços no conhecimento da Covid-19 e, esclarecimento de dúvidas, em junho, surgiu um novo cenário, no qual o Ministério da Saúde atualizou a orientação, permitindo a retomada gradativa do atendimento eletivo nos estados.
No contexto da biossegurança em Odontologia, o CFO conduziu a publicação de três atualizações com recomendações, elaboradas em parceria com Associação de Medicina Intensiva Brasileira (AMIB), Instituto Latino Americano de Pesquisa e Ensino Odontológico (ILAPEO), International Team for Implantology (ITI) e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
Segundo o Presidente do CFO, Juliano do Vale, as medidas adotadas desde o início da pandemia até a presente evolução da doença refletem no baixo contágio à categoria e, consequentemente, aos pacientes nesse período, segundo. “A estatística do Ministério da Saúde revela a capacidade e o preparo do Cirurgião-Dentista com a biossegurança. A Odontologia brasileira está dando exemplo de como continuar os atendimentos e proteger a população, ainda que em tempos de pandemia”, completou.